Tradução: Braulio Tavares
Editora: Objetiva
Publicação da edição lida: 2015
Publicação original: 1896
Páginas: 145 (tempo de leitura estimado no e-book: 2h15)
Adaptação: Filme de 1977 (veja um trecho aqui) e Filme de 1996 (trailer em inglês)
Sinopse
À deriva, sem esperanças de sobreviver em alto mar, Charles Prendick é resgatado por um navio em missão das mais incomuns: levar a uma pequena ilha no Pacífico algumas espécies de animais selvagens. Ainda debilitado, Prendick é obrigado a desembarcar na ilha junto com o carregamento. Lá, ele conhece a figura do dr. Moureau, um cientista que, exilado por suas pesquisas polêmicas na Inglaterra, realiza experimentos macabros com seus animais. Uma parábola sobre a teoria da evolução, também uma mordaz sátira social, "A ilha do dr. Moreau" é um romance que, mais de cem anos após sua publicação original, permanece com a mesma força da surpresa e do horror.
Resenha
Apesar de o livro possuir uma boa pontuação no skoob (4,0), ser um clássico e adorado por muitos leitores do gênero, eu não gostei muito. O livro abarca dois gêneros que eu gosto muito: terror e ficção científica. A linguagem não é difícil e a narrativa é bem interessante, clara e detalhista, como outros livros de H.G. Wells.
Porém, algo no livro não me agradou. Não sei se foi a crueldade gratuita do Dr. Moreau, realizando experiências macabras em animais ou a falta de horror propriamente dito, visto o viés absurdo daquelas tentativas de humanização animal.
Claro que quando lemos um livro que trata de vampiros ou zumbis sabemos que é uma alegoria, que não existem de fato. Mas dependendo do livro, passamos a "acreditar" e temer esses seres. A Ilha do Dr. Moreau, entretanto, não me trouxe medo ou mesmo uma ínfima possibilidade de temer aquelas criaturas. Ao contrário, senti certa compaixão pelos espécimes do Dr. Moreau, uma vez que eram vítimas inocentes de uma crueldade humana, sendo que esta, a meu ver, existe desde os primórdios da humanidade.
Hoje, ao que saibamos, não há experiências nem mesmo remotamente semelhantes às do Dr. Moreau. Contudo, há guerras, egoísmo, poder e tantas outras selvagerias que tornam o ser humano o pior dos predadores.
Sendo assim, acredito que o livro traz algumas reflexões, mas não foi algo que me agradou, por isso a nota 3/5.
Avaliação:★★★
"Mergulhei nesse estado mórbido, profundo, duradouro, que não era propriamente medo, que deixou marcas permanentes na minha memória. Devo confessar que perdi minha fé na sanidade do mundo, quando vi o sofrimento desordenado que reinava naquela ilha." (p. 107)
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