sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Jogo do Anjo - Carlos Ruiz Zafón

Edição: 2008
Editora: Suma de Letras
Páginas: 410


O Jogo do Anjo é um livro bom. Não maravilhoso, na minha opinião, claro. Ele é um drama, com algo de suspense e sobrenatural. Achei ele um pouco parado, tanto que demorei a terminar. Ele começou a ficar um pouco mais interessante da metade em diante, mas ao mesmo tempo ocorreram muitas reviravoltas que acabaram um pouco confusas para mim. Acredito que eu queria terminar logo e não dei atenção à mensagem do livro.

O livro começa contando um pouco da história de David Martin, o protagonista. Martin vive em Barcelona desde sempre e teve uma infância sofrida. Ainda adolescente, começou a trabalhar em um jornal, com o intuito de virar escritor.

Quando um de seus colegas falta, ele é convidado a fazer uma coluna com alguns contos de terror e suspense ambientados na cidade de Barcelona, onde também se passa essa história. Ele se torna relativamente conhecido por esses folhetins. É muito interessante a forma como o autor descreve a cidade de Barcelona, é como se estivéssemos presentes nas cenas, tamanha quantidade e qualidade dos detalhes. 

Uma parte muito interessante do livro é quando um amigo de Martin, o livreiro Sempere, o leva a conhecer o Cemitério dos Livros Esquecidos, local já conhecido pelos leitores do famoso romance de Zafon, A Sombra do Vento.Resumindo, é uma biblioteca enorme, onde você "enterra" um livro e salva outro, tendo o dever de cuidá-lo para sempre. O livro que Martin salva será muito importante para a trama da história.

Aliás, a amizade que se desenvolve entre eles, desde que Martín era criança, é muito bonita e reflexiva durante todo o livro.Traz bons diálogos entre esses dois personagens e acredito que Sempere age como uma balança na vida de Martin, trazendo-lhe equilíbrio em alguns momentos.

Martin é protegido de Vidal, um rico aspirante a escritor da alta sociedade de Barcelona. Todos que convivem com ele pensam que lhes devem tudo, devido a seus inúmeros favores. Haverá muitos altos e baixos na amizade entre Martin e Vidal, mas que não chegam a ser muito impactantes para a história.

Logo no início do livro ocorre um fato na vida de Martin que o faz encontrar um admirador misterioso de seu trabalho, Andreas Corelli. Esse personagem diz ser um editor francês muito interessado no trabalho de Martin, agora não mais um adolescente, e lhe oferece uma maravilhosa proposta de trabalho.

A partir daqui, qualquer menção à história será spoiler, mas gostaria de frisar que uma personagem feminina que aparece na vida de Martin me agradou muito e acredito que, não fosse por ela, Martin seria sempre um escritor fracassado e arrogante. Ainda, vale citar que há um pouco de romance no livro, ainda que não muito explícito.

O final do livro me pareceu bem confuso, mas pode ser que é por que eu já estava querendo terminar logo, então não li com tanta atenção. Mesmo assim, acredito que foi um final triste. É um livro bom, acredito que muitas pessoas gostaram, pois possui uma pontuação boa no skoob. Mas, para mim, mereceria um 3, 5. Como não há meia pontuação, dei 4, pois já gostei de outros livros do autor.

Cemitério dos Livros Esquecidos

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