quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A Síndrome E - Franck Thilliez

Publicação: 2013
Editora: Intrínseca

Sinopse

Um estranho caso vem atrapalhar as férias de verão de Lucie Hennebelle, tenente de polícia em Lille. Seu ex-namorado ficou cego depois de assistir a um filme mudo, anônimo, com um roteiro enigmático, concebido por uma mente doentia.

Simultaneamente, o comissário Franck Sharko, veterano da Divisão de Homicídios e analista comportamental na Divisão de Repressão à Violência, passa por um tratamento na tentativa de curar a esquizofrenia.

No norte da França, cinco cadáveres não identificados foram encontrados sepultados a dois metros de profundidade mutilados de maneira atroz e em estado de decomposição avançada e Sharko cede ao chamado da aventura. Enquanto Lucie descobre os horrores escondidos no estranho filme, um misterioso informante do Canadá aponta-lhe o elo entre aquele rolo e os cinco cadáveres.

Um único e mesmo caso, graças ao qual Lucie e Sharko, tão diferentes e ao mesmo tempo tão próximos em sua concepção do ofício, irão se encontrar. Das favelas do Cairo aos orfanatos do Canadá nos anos 1950, os dois colegas irão se deparar com um mal desconhecido, batizado como “Síndrome E”. Uma realidade assustadora que revela como o ser humano pode ser capaz das maiores atrocidades.




Resenha

A sinopse acima já adianta bastante da história, mas é bom frisar alguns pontos. É um livro ótimo, um thriller incrível, pois sempre deixa o leitor ansioso por respostas.

No início achei que logo diriam o que era a Síndrome E, mas essa explicação chega quase ao final do livro. Entretanto, até chegar a esse final, muita coisa acontece e os fatos estão interligados. Não é um livro que deixa ponta soltas, ao contrário, ele é bem detalhista.

Achei muito interessante a criação dos personagens, principalmente do comissário Franck Sharko. Digo isso por que é aquele tipo de personagem que parece que faz parte da nossa vida, seus sentimentos são bem trabalhados e envolvem o leitor. Pelo fato de ele sofrer de esquizofrenia, isso auxilia muito na história, pois compreendemos a razão de algumas de suas atitudes.

A questão de Lucie, tendo que deixar a família de lado (uma filha está hospitalizada) para dar atenção ao trabalho, num caso extremamente tenebroso e complexo, também é muito interessante. Passa aquela lição: até que ponto o trabalho deve influenciar na nossa vida?

Mas a parte mais interessante é a própria Síndrome e suas consequências. No sentido de que pode ocorrer na vida real, é tudo muito plausível. O criador do filme doentio (que deixou um homem cego) e as pessoas envolvidas em sua produção têm uma obsessão pelo olho humano. Assim, tudo acaba girando em torno disso, de como as imagens e mensagens subliminares atingem e atuam no nosso cérebro.

Pode ser que a Síndrome não tenha espaço na nossa realidade, mas sem dúvida a visão é um sentido que pode ser bem utilizado por pessoas que não tenham boas intenções. Enfim, é preciso ler o livro para entender a complexidade dessa colocação.

O final não deixou pontas soltas na história, mas mesmo assim ocorre um fato que deixa uma brecha para uma continuação, da qual ainda não tive notícia.

Vale muito a pena! Não é um livro de dar medo, mas é um suspense que nos faz ficar um pouco paranoicos...

                                 ★★★★★

Ilustração do Livros Edição Espanhola

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