segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A Máquina do Tempo - H.G. Wells

Título original: The Time Machine
Tradução: Fausto Cunha
Editora: Livraria Francisco Alves Editora S.A.
Publicação da edição lida: 1981
Primeira publicação: 1895
Páginas: 99 (tempo de leitura estimado no e-book: 1h)
Adaptação: Dois filmes. Um de 1960 (trailer) e outro de 2002 (trailer), sendo que o primeiro é muito mais fiel ao livro que o segundo.

Sinopse

A Máquina do Tempo: a mais espantosa das invenções, capaz de levar seu criador a uma viagem surpreendente através de milhares de anos de transformações sobre a Terra. Novos seres ocupando a superfície e as entranhas do planeta, vivendo numa incrível civilização do futuro, onde a luta pela vida é implacável. O final dos tempos e a agonia do sistema solar com o colapso de nossa estrela, prestes a explodir.

Uma história de aventura e emoções inimagináveis, esta obra também é uma reflexão sobre os valores de nossa sociedade e sobre o mundo que construímos hoje.


Resenha

É um livro simples, que envolve o leitor pela curiosidade de descobrir o desfecho dessa incrível viagem. Ao contrário do que estamos acostumados a pensar, o futuro narrado pelo Viajante do Tempo (personagem principal) não é cheio de tecnologias. Ao contrário, trata mais das relações humanas e de que como o ser humano evoluiu, mas para algo que não parece ser melhor que a atualidade.

O Viajante do Tempo viaja para o ano de 802.701 (oitocentos e dois mil setecentos e um). Óbvio que é impossível prever como será esse futuro a partir de hoje, se é que o mundo ainda existirá! Alguns acreditam que o livro faz uma leve apologia ao comunismo, o que não concordo. Apesar de, no início, parecer que as pessoas vivem em igualdade, logo se descobrirá que a triste realidade não é essa.

O livro vale a pena, tanto por ser um clássico quanto por nos fazer pensar em como a espécie humana tem nas mãos a chave do futuro e talvez lhe falte sabedoria para transformá-lo em um lugar melhor.

A avaliação não foi de 5 estrelas, por que realmente não é um livro extraordinário, porém gostei de ler.


Avaliação: ★★★★


"Surge e cresce um novo sentimento, oposto ao ciúme conjugal, oposto à maternidade feroz, oposto às paixões de qualquer natureza. Essas coisas se tornam desnecessárias, pois só serviriam para complicar a vida, resquícios bárbaros e incômodos numa existência agradável e refinada."

(p. 36)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Escaravelho do Diabo - Lúcia Machado de Almeida

Título original: O Escaravelho do Diabo
Editora: Ática (Série Vaga-lume)
Publicação da edição lida: 1985
Primeira publicação: 1972
Páginas: 130 (tempo de leitura estimado no e-book: 2h30min)
Adaptação: Filme com lançamento previsto para dezembro/2015 (leia a notícia)

Sinopse

Vítimas ruivas recebem um escaravelho antes de serem mortas. É a única pista que Alberto tem para chegar àquele estranho criminoso. Selecionado para o Programa Nacional de Biblioteca da Escola em 1999. 


Resenha

Um livro bem simples, mas muito bem escrito. Acredito que muitos adolescentes dos anos 80/90 se depararam com essa leitura na escola. Em que pese ser um livro curto, a estória é muito bem trabalhada e dá gosto de ler. O final não é previsível, algo que às vezes acontece em livros considerados "melhores" ou até mesmo em alguns best-sellers.

Conforme a sinopse, as vítimas - sempre ruivas - recebem um escaravelho, dias antes de sua morte, sendo que cada inseto possui um significado. Alberto, irmão da primeira vítima, é quem se dedica à resolução dos crimes, junto com o Inspetor Pimentel. Durante todo o livro ficamos nos questionando quem é o assassino, pois todos têm e ao mesmo tempo não têm álibi para o momento dos crimes.

A motivação dos mesmos, assim como seu autor, só é desvendada no final, e de forma esclarecedora.

Enfim, é um livro adolescente e singelo, porém bem escrito e muito aprazível! 

Recomendo a leitura, principalmente para quem gosta do gênero policial.


Avaliação: ★★★★★


E Alberto sentiu-se subitamente invadido por uma onde de ternura 
que envolvia tudo, criaturas e coisas, como se o mundo, 
com suas alegrias e dores, grandezas e misérias, formasse apenas 
um coração. Um grande e único coração...

(p. 125)